Com a possibilidade de estender minha estadia com o visto de estudante e a necessidade de ganhar mais experiência com voos cross country, uma feirinha de aviação que acontece anualmente lá do outro lado desses Estados Unidos chamou meu nome. Estou falando de Oshkosh, e acho que tenho uma desculpa razoável pra dar um intervalinho no meu curso de instrumento e colocar o pé na estrada (ou nas nuvens). No primeiro dia da jornada eu e meu amigo Felipe deixamos Seattle com todo seu esplendor para trás. As nuvens tão frequentes nessa cidade não deram o ar da graça na nossa partida deixando o sol iluminar com toda sua força essa área que foi caprichada pela natureza. Atravessamos a cadeia de montanhas que no inverno faz a alegria dos esquiadores (e dos snowboardeadores) e logo sobrevoávamos uma área desértica. O estado de Washington ficou pra trás e chegamos em Idaho numa cidadezinha no meio de um vale chamada Shoshone onde pousamos para abastecer o avião e nosso estômago. Quatro horas depois cruzamos a temida (talvez só por mim mesmo) Rocky Mountains e pousávamos em Bozeman. Viajar é muito bom, mas tem seus efeitos colaterais. É estranha a sensação de conhecer um lugar e principalmente as pessoas e na hora da despedida ficar imaginando quando e se voltaremos a ve-los. Voltar para Bozeman um ano e meio depois foi bem especial. Reencontrei Katie, uma amiga que me hospedou em sua casa no rigoroso inverno de montana e agora, no verão com a paisagem drasticamente transformada pela mudança de estação. Mas o reencontro foi rápido, saímos de manhã cedo e seguimos viagem.
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